Revista Banto

Curar Tempo – Saravá Luzia Pinta: filme e roda de conversa resgatam a memória da patrona da abolição em Minas Gerais

No próximo sábado, 4 de outubro, às 17h, o Centro Cultural Casa Amarela (Rua Dom Pedro II, 132, Sabará) recebe a exibição do curta-metragem “Curar Tempo – Saravá Luzia Pinta”, seguido de uma roda de conversa sobre a trajetória de Luzia Pinta, mulher negra que se tornou símbolo da luta contracolonial e patrona da abolição em Minas Gerais.

Exibição e roda de conversa no Centro Cultural Casa Amarela

A atividade é promovida pela produtora audiovisual OJÚ ARTES, em parceria com o Centro Cultural Casa Amarela. Após a exibição do filme, o público poderá acompanhar uma conversa que propõe refletir sobre a narrativa construída em torno de Luzia Pinta e a forma como a obra reinterpreta sua memória.

Participam da roda:

Massuelen Cristina, artista visual, pesquisadora e diretora do curta Vitú de Souza, produtor geral, editor e co-diretor Kaio B., editor e diretor de fotografia Argemiro Afonso Ramos, historiador e pesquisador das memórias e testemunhos de Luzia Pinta

Quem foi Luzia Pinta?

Condenada injustamente pela Inquisição Portuguesa em 1743, Luzia Pinta enfrentou um processo jurídico repleto de contradições. Sua história, atravessada pela resistência e pelo enfrentamento às estruturas coloniais, permanece como referência fundamental para compreender a luta da população negra por liberdade e dignidade.

Sobre o curta “Curar Tempo – Saravá Luzia Pinta”

Dirigido por Massuelen Cristina, o curta-metragem une audiovisual, performances corporais e narrativa semi-documental. Estruturado em sete performances inspiradas nas sete linhas da umbanda, o filme propõe um olhar sobre a ancestralidade afro-latina e sobre um conceito de cura que rompe com a linearidade do tempo.

As filmagens foram realizadas em Sabará (Igreja da Soledade, Rua Direita e Igreja de Nossa Senhora do Rosário) e no Rio de Janeiro (Região da Pequena África), fortalecendo os vínculos históricos da trajetória de Luzia Pinta com territórios de resistência negra.

OJÚ ARTES: cinema independente e memória coletiva

A produtora OJÚ ARTES tem construído um repertório voltado à memória e à identidade afro-brasileira. Entre as produções já realizadas estão: Imagens da Margem (2019), As Margens do Velhas (2019–2022), Boa Parte de Mim Vai Embora (2021), Aya – Primeira Gira (2021), Dancei para Exu (2022), Deitar a Benção (2024), Bença a Benza (2025) e Um Corpo no Mundo (2025).

Serviço

O quê: Exibição do curta Curar Tempo – Saravá Luzia Pinta + roda de conversa Onde: Centro Cultural Casa Amarela – Rua Dom Pedro II, 132, Sabará (MG) Quando: 4 de outubro de 2025, às 17h Participação: gratuita

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