Desigualdade econômica: Estudo revela desafios da população LGBTQIA+ no mercado de trabalho

Um estudo inédito realizado pelo Fundo Positivo e o Instituto Matizes, com apoio da Wellspring Philanthropic Fund (WPF), revela um cenário preocupante para a inclusão econômica da população LGBTQIA+ no Brasil. A pesquisa, realizada entre 2023 e 2024, aponta que apenas 25% das pessoas LGBTQIA+ conseguem manter um emprego formal ou um negócio por mais de um ano. As principais barreiras enfrentadas por essa comunidade incluem a falta de apoio governamental, o baixo engajamento da iniciativa privada e o preconceito.

Apesar dos desafios, há um movimento crescente de projetos de inclusão econômica liderados pela própria comunidade, com foco em treinamento profissional e empreendedorismo. No entanto, a sustentabilidade financeira desses projetos é um ponto crítico, com muitas organizações enfrentando dificuldades para captar recursos.

A pesquisa destaca que a população trans é a mais vulnerável, com 51% dos projetos direcionados a mulheres trans. Além disso, apenas 30% dos projetos são financiados por editais do poder público, evidenciando a necessidade de maior investimento por parte do governo e da iniciativa privada.

Os resultados do estudo reforçam a importância de políticas públicas mais eficazes para garantir a inclusão econômica da comunidade LGBTQIA+. A superação desse desafio passa pela criação de políticas públicas mais inclusivas, pelo aumento do investimento em projetos de inclusão e pela mudança de cultura nas empresas e na sociedade como um todo.

O relatório completo está disponível para download nos sites do Fundo Positivo e do Instituto Matizes.