Iniciativa é resultado de capacitação gratuita realizada no segundo semestre deste ano
Nesta última terça-feira, 03/12, foi lançada a exposição fotográfica Territórios Vivos: Histórias e Recortes da Periferia de BH. O trabalho é fruto do programa gratuito “Foto & Tal: Oficina de Narrativa Fotográfica”. Realizada com recursos do edital 02/2023 Lei Paulo Gustavo – BH Múltiplas Artes e Cultura, a iniciativa capacitou moradores de periferia e comunidades de Belo Horizonte, apresentando técnicas fotográficas.
Utilizando técnicas fotográficas com celular, os participantes revelaram cenas cotidianas de suas comunidades, potencializando as realidades captadas. As fotografias expostas oferecem recortes autênticos e sensíveis, explorando a vida, a cultura e a força dos territórios vivos que compõem a periferia da capital mineira. Cada imagem carrega a voz e a perspectiva de quem vive e conhece essas paisagens, revelando identidades, lutas, afetos e resistências. Ao todo, serão 15 fotografias, apresentando os bairros Granja de Freitas, Estrela do Oriente, Padre Eustáquio, Carlos Prates e Caiçara.
A coordenadora geral da exposição, Dalila Pires, afirma que a expectativa é dar voz aos participantes da oficina e mostrar o trabalho deles para a população da cidade.
“Além do Centro Cultural Padre Eustáquio vamos realizar uma itinerância da exposição em outros espaços em janeiro e fevereiro. Desejo que venham mais edições. É uma experiência singular, onde pessoas têm a oportunidade de expressar seus talentos através da arte de fotografar”, afirma.
Para a produtora Mônica Veiga foi gratificante acompanhar a evolução dos alunos e “celebrar todo o aprendizado por meio desta exposição será um grande presente para todos nós”, destaca.
Vindo do bairro Estrela do Oriente, Samuel Abreu, explica que a oficina foi uma oportunidade muito rica, pois permitiu explorar o interesse em fotografia, desenvolver habilidades nessa área, trazendo vários aprendizados.
“A expectativa para a exposição é de que seja um evento animado, que os convidados se sintam provocados e inspirados pela nossa produção”.
Maria Cristina Silva, do bairro Granja de Freitas, disse que fotografar sempre foi algo muito espontâneo e natural para ela.
“Andava pela rua e quando via algo que me despertasse a atenção lá estava eu fotografando. Então, num belo dia recebi uma mensagem falando sobre essa oficina e, sem pensar na distância, me inscrevi. Foi uma surpresa maravilhosa aprender tantas técnicas e modos de utilizar o celular na hora de fotografar. Além de aprender a manipular o aparelho celular, ainda faria uma exposição sobre algumas fotos tiradas por mim? Realização e gratidão por tudo isso!”, finaliza
Add a Comment