Mostras no Sesc Belenzinho, CCBB São Paulo e Instituto Tomie Ohtake reúnem artistas brasileiros e internacionais e abordam temas como corpo, ancestralidade, memória e território
Quem permanece em São Paulo nas últimas semanas de dezembro encontra uma programação diversificada de exposições gratuitas de arte contemporânea em diferentes regiões da cidade. Em cartaz no Sesc Belenzinho, no CCBB São Paulo e no Instituto Tomie Ohtake, as mostras reúnem artistas brasileiros e internacionais e propõem reflexões sobre corpo, ancestralidade, memória, paisagem e ecologia, consolidando a capital como um dos principais polos culturais do país no encerramento do ano.
Arte contemporânea em circulação pela cidade
O circuito inclui exposições individuais e coletivas que ocupam instituições de referência e dialogam com questões centrais do debate artístico contemporâneo. No Sesc Belenzinho, a artista Nádia Taquary apresenta Ònà Irin: caminho de ferro, investigação poética sobre cosmologias afro-brasileiras e a centralidade das forças femininas negras.
No centro histórico, o CCBB São Paulo recebe CORpo MANIFESTO, primeira grande individual paulistana de Sérgio Adriano H, que reúne mais de 100 obras e utiliza o corpo como linguagem política e ferramenta de resistência.
Já no Instituto Tomie Ohtake, três exposições ampliam o diálogo entre herança cultural, pensamento crítico e questões ambientais. Em Sonia Gomes – Barroco, mesmo, a artista mineira estabelece relações entre arte contemporânea e o legado barroco brasileiro. A terra, o fogo, a água e os ventos – Por um Museu da Errância com Édouard Glissant propõe um museu em movimento inspirado no pensamento do filósofo martinicano. A coletiva Águas subterrâneas: narrativas de confluências conecta rios do Brasil e da França em reflexões sobre água, território e política.
Juntas, as mostras oferecem um panorama plural da produção contemporânea e reforçam São Paulo como destino relevante para quem busca arte e reflexão no período de fim de ano.
Destaques das exposições
Ònà Irin: caminho de ferro — Nádia Taquary
A mostra reúne esculturas, instalações e videoinstalação que articulam mito, espiritualidade e cotidiano a partir das cosmologias iorubás e da ancestralidade afro-brasileira.
Local: Sesc Belenzinho
Em cartaz: até 22 de fevereiro de 2026
Entrada: gratuita

CORpo MANIFESTO — Sérgio Adriano H
Primeira grande individual do artista em São Paulo, a exposição apresenta mais de 100 obras que abordam corpo, memória, racismo estrutural e decolonialidade, em uma experiência imersiva.
Local: CCBB São Paulo
Em cartaz: até 9 de fevereiro de 2026
Entrada: gratuita

Sonia Gomes – Barroco, mesmo
A artista mineira revisita o barroco brasileiro como campo de tensões históricas e simbólicas, utilizando tecidos, cordas e materiais cotidianos para construir esculturas e instalações.
Local: Instituto Tomie Ohtake
Em cartaz: até 8 de fevereiro de 2026

A terra, o fogo, a água e os ventos – Por um Museu da Errância com Édouard Glissant
Inspirada no pensamento do filósofo martinicano, a exposição reúne artistas de diferentes gerações e geografias para discutir paisagem, memória, linguagem e política.
Local: Instituto Tomie Ohtake
Em cartaz: até 25 de janeiro de 2026
Entrada: gratuita
Águas subterrâneas: narrativas de confluências
Integrante da Temporada França–Brasil 2025, a mostra conecta o rio Charente ao sistema Tietê-Pinheiros em obras que tratam da água como elemento ecológico, político e simbólico.
Local: Instituto Tomie Ohtake
Em cartaz: até 8 de março de 2026



